Sitcoms, Black Exploitation e recomendações para o fomento cultural
Olá meus pupilitos, depois da pausa pra copa (de 2014), estou de volta com mais um textinho pra vocês. E hoje como todos os alfabetizados que são viram no título, vou falar de comédias negras da TV, porém, mais especificamente sobre a Netflix e “Reunião de Família” e otras cocitas más.
Bom, como vocês provavelmente poderão acompanhar em breve num PodGeekCast futuro (cof cof de Friends… cof cof) eu não sou um grande fã de sitcom’s, com algumas boas exceções como IT Crowd, Big Bang Theory e afins, MAS, essa opinião não se aplica quando falamos de Black Exploitation, este “subgênero” quando voltado à comédia gera uma equação que é impossível dar errado, até quando tem tudo pra isso.
Bom, minha primeira experiência com esse tipo de sitcom acho que como a grande maioria das pessoas no Brasil foi por meio do SBT com “Um Maluco no Pedaço” (Fresh Prince of Bel-Air) e com “Eu a Patroa e as Crianças” (My Wife and Kids), depois disso fui me aprofundando tanto em outras temáticas dentro do gênero que vou deixar pra escrever em outra oportunidade, também falarei mais para frente sobre filmes que são verdadeiras obras de arte e são totalmente desconhecidos dos ditos cinéfilos de Twitter (assistam Jackie Brown porra). Várias produções de diretores como John Singleton e Spike Lee devem ser citadas, mas no momento vou deixar recomendado aqui apenas “Baby Boy” e “She’s Gotta Have It”, um filme e uma série (apesar do segundo também ter um filme) e prometo falar disso no futuro (me cobrem). Voltando à comédia, temos ótimas sitcom’s que nem chegaram a passar no Brasil e muitas vezes não foram localizadas ou sequer possuem legendas, o que dificulta o acesso para muitas pessoas, porém merecem sempre ser citadas, é o caso de “In Livin Color”, “Martin”, “Raven”, “Kenan & Kel” e muitas outras, com diversas inclinações etc, é realmente um universo dentro de um universo, procurem saber.
Mas hoje não vamos dar recomendações (apesar de eu já ter sugerido o suficiente pra 6 meses de maratona) queria apenas “criticar”, no bom sentido da palavra, a mais nova empreitada da Netflix, que veio muito quietinha e soltou uma produção muito decente e engraçadinha, retratando uma família negra que sai de um grande centro e volta para morar com o restante de seus parentes no sul dos EUA. O cast possui muitos atores já conhecidos, e boas surpresas como a atriz Talia Jackson que interpreta Jade, a filha mais velha. Em si a série é bem padrão sitcom com cenários internos fixos e plateia ao vivo ao invés de claque, traz uma família “tradicional” americana: dois casais de filhos, avô, avó e leves lacradas com o cenário politico americano atual (não leve isso para o lado errado, é muito bem feito), e como diz o nome SITuational COMedy, se apoia nos acontecimentos do dia a dia de uma família comum.
“Reunião de Família” mira muito em um sucesso da ABC que ainda não chegou no Brasil, porém quando chegar será o próximo “Todo Mundo Odeia o Chris” (alô @netflixbrasil vale o investimento, depois reclama que eu não avisei): “Black ish” que já está em sua quinta temporada na TV americana e batendo recordes de audiência ,com data para retorno da sexta temporada no próximo outono do hemisfério norte, renovada para mais duas temporadas, um spin-off de sucesso “Grown ish” e mais um para estrear em breve “Mixed-ish”, todos na mesma temática, muito bem escritos, com ótimos novos atores (sério procurem saber sobre a Marsai Martin).
Após essa rasgação de seda, duvido você não ir assistir a onda em que a nova série da Netflix está tentando surfar, até o momento com certo sucesso, a não ser pelo piloto que é bem ruim, inclusive possui uns errinhos de continuidade, e o mais grave: eles esquecem de CITAR QUE O PAI DA FAMÍLIA É EX JOGADOR DE FUTEBOL AMERICANO, algo que faz parte da resolução de plot do piloto, se você aguentar passar pelo dito episódio, a serie vale a pena. Destaque pro Richard Roundtree, o Shaft (aliás, assistam o novo Shaft), que aqui é o avô da família.
Bom, por enquanto é só bebezes, em breve estarei de volta… ou não, deixem comentários aí ou me deem um salve lá no Twitter para falarmos mais de black exploitation e outros assuntos que não sejam a pós verdade. Ouçam o PodGeekCast, bjo.