SHAZAM! O estilo “retrô-chocante” que renova a DC!

Chegamos ao meio do ano, agradecidos e quase falidos com tantos filmes de super heróis pra assistir. Haja dinheiro para suprir essas necessidades…rsrsr. Um, em específico, me chamou muito a atenção, não por ser grandioso, mas por ser despretensioso (pelo menos no roteiro). Com sua extravagância e seu jeitinho chamativo de aparecer, gerou uma série de especulações negativas entre fãs e críticos. Muitos já falavam mal antes mesmo do lançamento, porém, a estréia do filme veio com cara de desfile, apresentando novas tendência para o mundo da mod… Ops! Digo, mundo dos heróis… Então, meus caros amigos geeks, esqueçam o azul com vermelho e deixem para trás o pretinho básico! Nada de cores opacas e sombrias, a DC repaginou sua coleção e arriscou nos tons de Vermelho com Dourado, gerando uma nova tendência para esse ano. A onda agora é carregar na cor e no brilho criando um visual bem “chocante”.

Shazam é um filme que traz todo cenário atual e suas modernidades vinculadas aos tons gritantes dos anos 80. Sua paleta de cores quentes mostra que a DC não hesitou em trocar seus uniformes escuros por um look mais chamativo. Sem medo de ser reconhecido como um herói brega, o ator Zachary Levi vestiu a camisa e comprou a ideia de ousar no figurino. O uniforme vermelho gritante com a capa branca lhe caiu muito bem, seus “músculos infláveis” tornaram-se as novas ombreiras do século XXI e o raio luminoso em seu tórax exagerado foi praticamente o resgate da pintura no rosto de David Bowie. Pra completar o estilo, o corte mullet tão cultuado nos anos 80 foi revivido através de um enorme topete endurecido por aplicações generosas de gel cola (isso se não for uma peruca, rsrs).

Fisicamente, ele é o clássico herói forte, imponente e poderoso. Mentalmente é divertido, irreverente e inocente. Nada mais óbvio para alguém que tem o corpo malhado de um fisiculturista (graças ao exagero dos figurinistas que não economizaram no enchimento) e a mente imatura de um adolescente. Quando transformado, precisa lidar com a responsabilidade de manipular seus super poderes e usá-los em prol das pessoas, porém, não deixa de curtir e aproveitar essa dádiva com o seu melhor amigo geek ( que com certeza representa cada um de nós, né?). Já em sua forma natural, precisa enfrentar seus conflitos relacionados à família e a rotulagem social que adquiriu em virtude de uma personalidade construída a partir de uma vida de abandono e negligência.

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O roteiro acerta ao apresentar um herói pouco conhecido pelo público do cinema em uma história simples e leve, despreocupada com dramas psicológicos e filosóficos. O “básico” de Shazam está na abordagem de conflitos menores que permeiam o quadro familiar do protagonista civil e ao mesmo tempo valoriza a história de origem do herói. A ousadia do filme está nos efeitos especiais práticos, que mesmo com algumas falhas nos levam à uma experiência que impressiona nas cenas de ação e batalhas entre vilões e herói(s), deixando os “BLA BLA BLA’S” de Batman e Superman totalmente fora de moda.

Shazam “choca” na sua aparência, mas acerta no seu enredo e em diversos outros aspectos. Com a direção de David F. Sandberg e roteiro de Henry Gayden, este não é nenhum filme impressionante, mas é linear e entrega uma boa história de origem, desenvolvendo ações convincentes que levam o personagem à uma redenção para com seus valores. Tudo isso bem temperado com humor e diversas referências a outros heróis do Universo DC. Vale a pena conferir esse filme, afinal um “raio de acerto” não cai sempre no mesmo lugar… Merece:

Edy

Edy "Aquele que caiu de paraquedas por causa da curiosidade que matou o gato..." Enfim, sou geek, sou professor, sou leitor de quadrinhos (Aracno-fã e apaixonado pela Turma da Mônica) sou um consumidor de séries e filmes dos mais convencionais aos mais peculiares ... Não. Eu não sou a Universal!