The Sinner, Um Clichê Bem Feito é Sucesso.

Fala povos, tudo bom? Shaq de volta por aqui pra dar meus dez centavos, sobre um lançamento da XilfteN aka N vermelho que não ‘paganoiz’.

Hoje vamos falar de “The Sinner”, um filmão dividido em oito partes, que trata de temas atuais por meio de uma atmosfera voltada para o suspense, com toques de investigação.

Bom, pra começo de conversa, eu não sou muito fã desse tipo de série, que tem um objetivo final e várias pontas soltas e vai te carregando durante os episódios e deixa uma grande revelação no fim, apesar de ser a forma mais fácil de desenvolver personagens, há uma grande chance do clímax não ser tudo isso e o final deixar a série em sua totalidade uma enorme bosta (bjo Lost), o que felizmente não é o caso em “The Sinner”. Na trama Cora Tanetti (Jessica Biel) tem um colapso nervoso e ataca e mata um desconhecido na praia, em público, e o investigador Harry Ambrose (Bill Pullman, O Presidente) tenta coletar provas de sua inocência, pois não concorda que o surto foi totalmente aleatório.

Na sua grande parte a série não tem barrigas (apenas pequenas cenas em um ou outro episódio) e desenvolve as tramas bem rápido, sem deixar de dar atenção ao tempo de tela balanceado de todos, ao mesmo tempo que nos dá os backgrounds importantes para a resolução final. No total temos aqui 8 episódios de aproximadamente 40 minutos, que são divididos em ‘partes’, continuações diretas da cena dos episódios predecessores, que ao maratonar, nos dá a impressão de um grande filme divido em 8 atos.

Se você é spoilerfreak não passe daqui.

 

Em suma, o roteiro é bem interessante e a forma que a construção da personagem da Jessica Biel é fundamentada em uma base familiar religiosa ‘ortodoxa’ e esse fato é utilizado para justificar as decisões tomadas por ela que culminaram na trama, e a levaram a um episódio de descontrole desencadeado por um fato mínimo, por outro lado o clichê extremo do detetive com mega experiência atuando a anos, porém com ao vida pessoal no fundo do poço que enxerga no caso uma maneira de redimir ações passadas e utilizar o tempo gasto para desanuviar a mente de problemas. Essas forças distintas dão o tom da série que é envolto por uma pequena camada de suspense (típico dos anos 90, estrelados pela Nicole Kidman), que usam muito de tons escuros, sons misteriosos e a amarra das pontas soltas em direção ao clímax para prender a atenção do espectador, de fato um clichê, porém se bem executado, pode nos distrair por algumas horas, sem maiores problemas.

A série já está para ser renovada para segunda temporada, porém Jessica Biel ainda não foi confirmada no cast.

Lucas Barbosa

nerd, rap addicted, acha que entende futebol americano e tenta ser podcaster.