Filme de Guerra é Oscar na Certa!!
O Oscar deste ano traz duas grandes obras baseadas nos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. Na realidade, eles são meio que um a sequencia do outro, O Destino de Uma Nação, dirigido por Joe Wright e roteirizado por Anthony McCarten, mostra os primeiros dias de Wilston Churchill como Primeiro Ministro da Inglaterra e sua decisão em não recuar ou se render ao ataque alemão, também mostra seu plano mirabolante e quase lúdico em resgatar os 300.000 soldados flanqueados na praia de Dunquerque na França, na operação Dynamo. Neste momento, podemos apresentar Dunkirk, filme de Christopher Nolan, onde mostra os tais soldados na praia francesa, além de um núcleo que se passa nos céus do oceano, com lindas batalhas aéreas. Os dois filmes até apresentam o famoso discurso de Churchill, intitulado “Sangue, Sofrimento, Lágrimas e Suor”, impactando com suas frases, tais como “Perguntam-me qual é a nossa política? Dir-lhes-ei; fazer a guerra no mar, na terra e no ar, com todo o nosso poder e com todas as forças que Deus possa dar-nos; fazer guerra a uma monstruosa tirania, que não tem precedente no sombrio e lamentável catálogo dos crimes humanos. -; essa a nossa política.”
Pouquíssimas pontas soltas e personagens/papéis não tão bem colocados não tiram o mérito desses dois gigantes, que competem um contra o outro em Melhor Filme e Melhor Fotografia.
Mas, é quase que certo quando falamos de filmes de guerra ganharem Oscar, seja de Edição, ou Mixagem de Som, Melhor Montagem ou Direção, Figurino, Roteiro ou até mesmo Melhor Filme. Nos últimos anos, vimos na cerimonia filmes como:
ATÉ O ÚLTIMO HOMEM EM 2017
Tão certo quanto filmes de guerra, são filmes de Mel Gibson ganharem premiações, neste incrível trabalho a estatueta foi entregue por merecimento à Mixagem de Som e a Montagem.
PONTES DOS ESPIÕES EM 2016
Este foi o ano de Mad Max e não tinha como segurar George Miller. Mas acabou sobrando um espacinho em Melhor Ator Coadjuvante para Mark Rylance e garantindo pelo menos uma, das seis categorias indicadas. Ainda que esse não seja um “Filme de Guerra” e sim sobre uma guerra que também não dá para considerar uma “Guerra”. Enfim… esse foi apenas para preencher um espaço vazio.
O JOGO DA IMITAÇÃO EM 2015
Este ano me gerou muitas dúvidas, foi uma premiação de gigantes onde fui obrigado a escolher em quase todas as categorias uma segunda opção. Levando apenas, mas não injustamente, o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, Graham Moore consegue apresentar o pedido de desculpas da Inglaterra aos homossexuais britânicos e mostrar-lhes um grande herói da historia.
SNIPER AMERICANO EM 2015
Quando assisti esse filme, coloquei na mente a ideia de que a vitória estava garantida em Melhor Mixagem e Edição de som, estava 50% certo e assim como O Jogo da Imitação, Sniper levou apenas um Oscar, o de Edição de Som.
E é impossível não fazer as menções honrosas aos grandes filmes, que se tornaram clássicos de guerra, todos vencedores de uma ou mais categorias, Platton recebeu 4 estatuetas em 1987. A Lista de Schindler ganhou 7 das 12 indicações em 1994, levando Melhor Filme, Roteiro, Diretor, Fotografia entre outros, Pearl Harbor levou injustamente, apenas um Oscar em 2002, de Edição de Som e deixou ao relento Efeitos Visuais e Mixagem de Som. Por último e o mais importante da história cinematográfica, um dos, se não o maior filme de guerra, O Resgate do Soldado Ryan levou para casa 5 das 11 indicações em 1999, Melhor Diretor, Fotografia, Montagem, Mixagem e Edição de Som.
Além desses, filmes estrangeiros e documentários sempre estão presentes relatando os lamentos das Guerras sem nenhum luxo Hollywoodiano.
Enfim, filmes de guerra é o que não pode faltar nas cerimônias de Premiação da Academia de Cinema.
Nota: Na Capa de nossa matéria, Kathryn Bigelow, a primeira mulher a ganhar o Oscar como Melhor Diretor, pelo filme Guerra ao Terror, que ainda ganhou como Melhor Filme, Roteiro Original, Montagem, Mixagem, Edição de Som.