Atlanta – Recomendação
Saaaalve salve Nerds.. quanto tempo não?! Shaq por aqui para um post especial para vocês. E este post especial por ser colaborativo com o RapShit, um blog de análises musicais que eu também faço parte.
E sem mais delongas segue o post na íntegra de uma análise de série que fiz por lá.
Eaae seus Fernvndx Clófin, mano. Suave? Shaq aqui pra mais uma na firma e seguinte, vou fazer igual o Gregório e mandar um “desculpe o incomodo mas precisamos falar sobre a série de uma certa cidade do sul dos USA, que é local de origem de um certo rapper que nós amamos” inclusive, inaugurando uma coluna nova aqui no blog, como vocês viram aí em cima, sejam muito bem-vindos à Multimerda, um espaço que falaremos nas mídias que vão além da música. E pra abrir a coluna com chave de ouro esse texto será colaborativo com outro site de onde eu também faço parte, o Coluna Geek! Aí vocês me perguntam, “mas Shaq como assim colaborativo?” Explico-lhes, jovens fãs do Young Thug. Muito simples! Esse texto também sairá no Coluna Geek como recomendação não só da série, mas também do RapSh!t.
Como disse ali em cima a série que inaugura essa coluna é Atlanta, uma série criada por Donald Glover aka Childish Gambino aka O Amigo do Abed e dirigida (em sua maioria até o momento) por Hiro Murai, que já colaborou em vídeos de artistas como Queens of the Stone Age, David Guetta, Earl Sweatshirt, Chet Faker e o próprio Gambino (fica a recomendação do vídeo Telegraph Ave, que particularmente acho bem foda) e dirigiu também o curta Clapping For The Wrong Reasons, que em sua essência acredito eu que tenha sido a inspiração para a série, de certa forma.
Atlanta é uma dramédia que aborda o cotidiano e a realidade de se viver na cidade de mesmo nome, e isso quer dizer que é um amontado de cenas que mostram tudo e nada ao mesmo tempo, a trama principal nos mostra a vida de Earn (Gambino) que vive um “relacionamento” com Vanessa (Zazie Beetz), sem emprego e nenhuma perspectiva começa a trabalhar como empresário do primo e rapper Alfred aka Paperboi (Brian Tyree Henry). Ao redor desse contexto temos situações diversas que dão vida à série.
São explorados diversos pontos de vista, desde abuso policial à exposição exacerbada em mídias sociais, tudo amarrado o roteiro e mostrado de uma forma extremamente diferente de tudo que já foi feito na televisão, por exemplo, um dos episódios inteiro se passa dentro de uma balada e outro emula totalmente um programa de entrevistas de baixa audiência, sempre avançando a história principal, sem nem mesmo precisar mostrar os protagonistas.
Uma das coisas que me chamou muito a atenção foi a forma que são desenrolados os fatos pertinentes às personalidades e a reações que provocam nas pessoas e como tudo isso é de fato espelhado na vida real sem nem mesmo percebermos, por exemplo, em muitos episódios é explorada a cultura do Snapchat e do Instagram e como a mulher gold digger (tá na moda agora thot, obrigado Worldstar -n) usa esses meios para se promover e fazer renda, ou como um rapper em ascensão pode deslanchar ou afundar a carreira baseado em o que um ‘formador de opinião’ teve como primeira impressão e como as pessoas ditas comuns dão importância à opinião de uma pessoa que não conhecem, mas são ‘famosas’ por terem diversos seguidores.
Recapitulando, Atlanta é uma grande história sobre nada, muito bem escrita e muito bem filmada, que explica tudo – nas entrelinhas – mas tudo. Gambino, tem uma boa atuação assim como em Clapping For The Wrong Reasons(assista antes de começar a ver a série) que indiscutivelmente é o destino natural de Atlanta, uma abordagem psicológica sobre a existência e sua importância como ser humano. Keith Stanfield (que eu não citei para não dar spoilers) faz um ótimo papel coadjuvante. E a trilha sonora também merece destaque, são bem alinhadas com os acontecimentos não distoam do que se está vendo e vão de Big Baby D.R.A.M à OutKast, então não tem como decepcionar.
A série está passando no Brasil no canal FOX1, eu assisti na biblioteca do Paulo Coelho e já foi renovada para a segunda temporada em 2017.
Há braços.
É isso aí NERDS..
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Até a próxima.