Parabens Renato Russo, pelos 56 anos de seu nascimento
Hoje nasceu, há 56 anos atrás, Renato Manfredini Junior, que futuramente adotaria o codinome “Russo”.
Este homem marcou a história do brasil não apenas com sua música, mas também com seu modo de agir perante as críticas sociais daquela época. Mas infelizmente, hoje, nos encontramos na mesma situação política na que Renato viveu e morreu, apenas mudamos nomes e cargos políticos. O povo brasileiro ainda sofre com seus representantes.
Renato Russo nasceu e cresceu acreditando em um mundo melhor, e ele tentou buscar isso de várias maneiras, sempre em caminhos opostos ao que parecia correto para a maioria da população, podemos dizer que seu método de vida era polemico, mas o que podemos considerar polemico perante a tantas variedades da verdade?
Renato acabou ficando famoso com, primeiramente, o Aborto Elétrico, e depois de uma curta carreira solo como o “Trovador Solitário”, depositou suas fichas na nova (e eterna) Legião Urbana. A Legião não seria ele e sua banda, segundo o poeta e cantor a Legião era todo aquele que acreditava na verdade escondida em suas letras, que se sustentava em outras verdades, que por sua vez apenas queria mostrar o AMOR e todas as suas vertentes. A Legião era os que caminhavam para um mundo melhor e que acreditavam que poderiam levar mais e mais pessoas para esse mundo. Gerações.
Renato Russo morreu no dia 11 de outubro de 1996, quase não acreditando mais nesse mundo.
Mas sua Legião acreditou e não deixou esse sonho morrer. Essa Legião levou sua crença à próxima geração que cresceu acreditando em um homem morto. E essa geração agora pode ver a vida deste Renato na voz de outros homens, com outros nomes, mas com a mesma fé.
Eu fui ao show comemorativo de 30 anos de lançamento do primeiro álbum desta Legião Urbana, e posso dizer que ainda é a mesma. A falta do Renato é notável quando você vê o novo vocalista André Frateschi tomando a primeira voz na maioria das musicas, mas se entende que não é ele o vocalista e sim o falecido Russo, ele apenas dá a sua voz como guia para a verdadeira Legião.
Legião que agora tem, além dos veteranos, jovens de 25, 20, 15 e até menos anos de idade. Mas que mostram ser devotos ao amor que Renato pregava, o público não parou um minuto no show, cantavam todas as músicas, pulavam e dançavam como Renato. Foi um show lindo.
Quando entrei, confesso que não quis aceitar o novo integrante por conta do seu papel na nova formação, mas no meio da apresentação, quando André olhou em minha direção, apontei pra ele e disse que ele merecia, ele agradeceu dando uma reverencia.
Este merecimento não era por estar tomando o papel do compositor da banda (até porque acredito que não se podem apresentar nada novo sem o Renato, por respeito a ele e ao público), ele merecia cantar as músicas, expor a poesia e mostrar o calor para a nova geração de Legionários que não tiveram a oportunidade de viver na época.
Ele merecia estar lá em cima, junto de Marcelo Bonfá e Dado Villa Lobos, assim como outros músicos também subiram ao palco para cantar as poesias da Legião.
Sai do show acreditando que a Legião não morreu, mas que falta muito para essa nova geração ser denominada Coca-Cola. Pois diferente deles, cantamos por influência e não para influenciar.