Essa foi realmente a temporada final? – Orange is The New Black
Hello Geeks!
Como prometido, hoje estou aqui pra falar sobre a última temporada e o encerramento (?) da história das criminosas mais famosas da Netflix. Sempre que uma produção chega ao fim depois de tantos anos, rola uma dorzinha no coração, afinal, fazem SETE anos, ou 84 meses, ou pouco mais de 2.500 dias que acompanhamos todos os dramas desde que Piper Chapman entrou na penitenciária de Liechifield.
Ao longo de sete temporadas conhecemos e passamos a amar mulheres que mesmo criminosas, sofreram e fizeram coisas terríveis para sobreviver (ou não) ao sistema carcerário, vendo constante problemas com drogas, conflitos de sexualidade, abuso de poder e autoridade, preconceito e conflitos étnicos, casamentos, divórcios, etc. Mas obviamente é preciso uma história muito boa pra manter uma série tantos anos no ar.
Já fazia um tempo que o meu gosto por Orange is the New Black tinha acabado, ela se tornou aquele tipo de programação que você só assiste porque já começou. A fórmula de contar o dia a dia das prisioneiras misturado com flashbacks, contando a história do que levou cada detenta àquele lugar, foi simplesmente mágica, mas se perdeu quando o que estava rolando no presente se tornou apelativo e fantasioso. Então, quando anunciada a temporada final, foi um mix de emoções como: “Sério que a 6ª não foi a última?” Seguida de: “FINALMENTE” finalizando com um “Puts, será que vão fazer direitinho?”.
Essa última temporada começou forçando a barra! Logo no primeiro episódio eu já me decepcionei muito, com uma morte sem sentido só para criar espaço para crescimento de uma personagem… Sério Netflix? Sério?! O restante da temporada foi totalmente ok. Tendo em vista o cenário atual, achei interessante darem ênfase à situação imigratória e deportação, e daria até pra rolar um spin off, mas dedicar um espaço tão grande dessa trama paralela em uma temporada final… Não acredito que tenha sido um acerto.
Foram 13 episódios parados, uma história sobre desfechos e eu até consigo entender que por um lado, é difícil dar um encerramento justo para todas considerando que cada uma das detentas tem um tempo diferente dentro ou fora da prisão, mas com a introdução de tantas personagens a cada ano, foi impossível desenvolver totalmente algumas das mulheres favoritas que ganharam nossos corações há sete anos. Além de terem dado finais totalmente injustos para algumas personagens que só perderam espaço de uns tempos pra cá: Eu estou aqui para buscar justiça pro final da “Pennsatucky” Doggett e para Red, as maiores injustiçadas da série. E claramente, Taystee e Nicky são rainhas e Piper e Alex duas chatas demais da conta. E que implicância em deixar o Sr. Caputo ser feliz, eim Netflix? Deixa ele em paz.
Os últimos 10 minutos, que eu chamo de “zona de desfecho” é muito gostosinho de assistir, a temporada cumpre o que propõe: ela encerra muitas histórias (algumas de um jeito bom, outras não), e até dá um show nas participações especiais, nos mostrando o destino de personagens que haviam sido deixadas de lado anos atrás, o que gera aquele sentimento de “o meu fanservice foi atendido com sucesso”.
Orange is The New Black é aquele tipo de série que não precisaria ter um fim se conseguisse se desapegar da sua personagem principal. Mesmo com tantos talentos, a história é sim sobre a chata da Piper e, por mim, poderia continuar muito bem sem ela, mas……… Não vai rolar.
Para esse encerramento, que tinha muito mais pra contar, rola uma confusão de “eu quero mais” junto de “ninguém aguenta mais”. Se pareceu confuso pra você, é porque você não assistiu ainda e não ligou pra nenhum dos spoilers acima. Mas espero que daqui uns 10 anos role um revival especial da Netflix como foi com Gilmore Girls. Não custa sonhar né?
Minha nota pra essa temporada:
Minha nota pra Taystee Rainha da Netflix com o título de melhor pessoa fictícia da vida:
