O novo Homem Aranha e sua Irresponsabilidade

Meus queridos amigos Nerds, venho humildemente solicitar que que esse post tenha uma trilha sonora, simplesmente “porque sim”.

Homem Aranha está de volta e Nova York sofre o luto ao Capitão América, Visão, Viúva Negra e Tony Stark. Temos as primeiras impressões das sequelas deixadas pós Guerra Infinita e as condolências pela perda dos heróis são sentidas no mundo inteiro, literalmente.

Os efeitos do “blip” (o segundo estalo que fez todos que foram, voltarem) são notáveis no Colégio Midtown, onde algumas das crianças que sobreviveram ao Estalo de Thanos, hoje estão mais velhas dos que voltaram e, para que haja uma reintegração dos alunos às rotinas escolares, o colégio faz um tour pela Europa, presente que, futuramente descobrimos ser dado por Nick Fury e suas influências extragovernamentais, para que o Homem Aranha esteja presente nas datas e locais em que seres elementais aparecerão, informação dada por  Quentin Beck, um super humano que veio junto com esses seres através de um portal, para uma outra dimensão (a nossa) e no passado. Juntos, irão enfrentar, Europa afora, vilões tão grandes quanto o ego de Nick Fury, suprindo a carência dos maiores heróis do mundo que não puderam se unir contra uma ameaça em comum (argumentozinho fraco).

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Opinião dos produtores para minha critica…

Talvez tenha sido por conta da estreia e por ser numa sala IMAX, ou talvez porque o filme possa ser realmente um dos melhores já feitos com o cabeça de teia, minhas impressões se concretizaram ainda mais, após assistir pela segunda vez, com um olhar mais crítico e minucioso, pude perceber as nuances e intempéries que a trama desenvolve, com belos ângulos e com uma narrativa que trouxe  de volta uma escrita didática sem comprometer o experimento fílmico trazido pelo planos e contrapontos estruturados numa linha de raciocínio bem desenvolvida. Resumindo, o filme é sim, incrível e divertido, despretensioso e respeitoso. Não tinha como outro título carregar o peso de ser o primeiro após a Guerra Infinita e o último da terceira fase da Marvel, que estava terminando com dor e luto.

Meu receio era que, primeiramente, o fato da história se passar em Veneza limitasse o uso dos poderes do Aranha, o que de certa forma aconteceu, mas não deixou de ser dinâmico o modo como ele soube usar todos os seus poderes. E quando eu digo todos, incluo nessa lista o sentido aran… Peter Tingle, que foi, mais do que nunca, necessário em situações cruciais, como se deve ser.

 

Mysterio é sem dúvida, o vilão mais inusitado e (comecem a me julgar) o melhor já feito nas franquias aracnídeas. Digo isso pois souberam fundamentar o vilão na história, dar um motivo convincente, poderes críveis e apresentar um perigo real para o herói. Todo o marketing posto nos trailers desabam na cena do bar, onde entendemos que tudo não passou apenas de um conto bem bolado, apesar de lúdico, inclusive, isso é até motivo de sátira dentro do próprio filme. O verdadeiro poder é dado a Quentin Beck quando o óculos de Tony Stark é entregue por Peter. Por ser ingênuo, ele interpreta errado o seu papel como herói, lendo a frase “Ao próximo Homem de Ferro. Eu confio em você.” e acreditando que sua função fosse encontrar esse Homem de Ferro e não personifica-lo em si. É uma pena que o peso da morte do Tio Ben e seu último conselho não tenha dado grandes responsabilidades ao herói. Vemos ainda um garoto imaturo por baixo da máscara, mas com um bom coração e dando seu melhor para fazer as escolhas certas. Sem seus maiores tutores já não estão ali para dar conselhos e direções, o que resta agora é aprender na tentativa e erro. Só quero ver como tudo será, após as cenas pós créditos. E que cena, meus amigos. 

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Não precisa traduzir…

Porém, apesar de “voltar pra casa” e, depois “ficar longe de casa”, o herói têm muito que aprender para ser quem conhecemos, o que me preocupa, já que não temos perspectiva de nada para a próxima fase Marvel e talvez nem seja comentado sobre isso na San Diego Comic Con, que começou hoje. Nada de Peter / Aranha / Tom Holland foram confirmados pela Sony, que voltaram a ter os direitos de uso do personagem após a estreia (04).

 

O filme tem duas semana de bilheteria e (até o momento da publicação deste post) já passa dos 850 milhões de dólares em bilheteria no mundo todo. Pode chegar na casa do BI, o que não vai ser fácil, mas justifica minha nota. O Filme, apesar de pequenos erros e furos, não deixou de me dar uma maravilhosa experiência.

 

SPIDER-MAN: FROM FAR HOME
Direção: Jon Watts
Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers
Nota: 4.65 MOTHER FUCKERS

 

Rafael Peregrino

Musica, filmes e livros me definem. Violão, café, papel e caneta me descrevem. Me fale um assunto e sempre terei algo a dizer. Fazer as pessoas rirem é o motivo da minha alegria