General Dwight Eisenhower
Entre todos os grandes chefes da Segunda Guerra Mundial, o General Dwight Eisenhower se destacava como uma figura peculiar. Sua atuação não foi a de um condutor combatente, no estilo de um Rommel, um Patton ou um Montgomery, que marchavam para o combate junto com seus homens.
Eisenhower se destacou em outro terreno, menos espetacular, porém muito mais difícil: o de organizar e coordenar o gigantesco esforço bélico dos exércitos anglo-norte-americano, na fase decisiva da invasão da Europa. Poucos homens da história da guerra tiveram sobre suas ordens uma força de poderio tão extraordinário. Não obstante, se manteve afastado de qualquer ostentação, e continuou, ao longo de sua carreira, sendo o mesmo homem simples, admirado e respeitado por estadista, generais e soldados. “Ike” não encarna a figura clássica do soldado profissional. Para ele, a guerra foi uma “cruzada”… Uma missão penosa que deveria ser cumprida para assegurar a definitiva liberação dos países sub julgados pelo nazismo. Foi por essa causa que trabalhou incansavelmente solucionando todas as enormes dificuldades inerentes a tarefa de organizar a maior força de invasão que a história já conheceu. O êxito alcançado pelas tropas aliadas na jornada decisiva do Dia D, nas praias da Normandia, constitui o testemunho imorredouro do real valor de Eisenhower como chefe militar. Milhões de homens e milhares de aviões e veículos foram lançados sobre o território inimigo, numa manobra coordenada minuciosamente, em seus mínimos detalhes. Fiel a velha máxima castrense de que “ o suor economiza sangue”, Eisenhower submeteu os soldados o duro treinamento. A vitória aliada foi assim concebida ao menor custo possível em vidas humanas.
Dwight David Eisenhower nasceu em Denílson, Texas, em 14 de outubro de 1890. Filho de pais humildes, de descendência alemã, “Ike” conseguiu ingressar na academia militar de West Point. Corria então o ano de 1910. Ele demonstrou, então aquelas que viriam a ser suas principais características: uma extrema simplicidade, uma grande força de vontade e uma extraordinária capacidade para o trabalho intenso. Graduado em 1915, quando os estados unidos interferiram na primeira guerra mundial, serviu como oficial instrutor das tropas destinadas a combater em ultramar. Ao término do conflito foi designado para a guarnição da zona norte americana no canal do panamá, onde permaneceu até 1924. Passou depois a realizar estudos na escola de estado-maior do exército, onde obteve as primeiras classificações entre mais de 200 oficiais. Aí nasceu o seu prestígio de organizador. Foi depois designando ajudante no corpo do estado-maior-geral, cuja a chefia era exercida pelo general Douglas Mac Arthur. Junto com esse chefe, partiu para as Filipinas em 1935. Lá trabalhou intensamente na organização da defesa das ilhas. Fundou uma academia militar e organizou e adestrou um exército nacional filipino. Regressou posteriormente aos estados unidos onde foi promovido a coronel em 1941. Nesse ano chegou finalmente a sua oportunidade. O brilhante trabalho que realizou como chefe do estado-maior do terceiro exército nas grandes manobras realizadas no estado de Louisiana lhe valeram o reconhecimento do chefe do exército, General Marshall.
Promovido a brigadeiro general, passou então a servir no alto comando do exército, em Washington, na seção de planificação. Nesse cargo pode expor seus acerca do desenvolvimento da guerra contra o eixo. Converteu-se então um dos principais promotores da concentração do esforço bélico aliado na luta contra Alemanha, considerando o Japão o inimigo secundário. Em 1942, Marshall o nome é o chefe das forças expedicionárias norte-americanas que, com base na Inglaterra, haveriam de levar a cabo a invasão. Em Londres conquistou logo a simpatia e o apoio dos comandantes britânicos e norte-americanos e deu mostras de sua eficiência como coordenador do esforço conjunto aliado. Dirigir depois das operações militares na África do Norte, que culminaram com a derrota definitiva do Afrika Korps, na Tunísia, e organizou, a seguir, a invasão da Sicília e do sul da Itália. Em janeiro de 1944 retornou a Londres e assumiu ali, finalmente, o comando de todas as forças aliadas encarregadas de concretizar a invasão da França. Graças ao seu esforço, o plano “Overlord” pode ser desenvolvido com pleno êxito, bem como as operações posteriores, que culminaram com a derrota total dos exércitos germânicos no ocidente da Europa. Em 7 de maio de 1945, recebeu a rendição incondicional da Alemanha, na cidade francesa de Reims.
Ao término da guerra, Eisenhower foi alvo de uma recepção triunfal em seu país, e se converteu em uma das figuras mais populares dos estados unidos. Essa condição o levaria, fatalmente, ao campo da política. 1951, foi designado comandante da NATU, organização militar criada para enfrentar a ameaça de uma agressão comunista na Europa. O ápice de sua carreira foi atingido com seu triunfo como candidato presidencial pelo partido republicano em 1952. Eleito em 1956, ao terminar esse período, quatro anos mais tarde retirou-se da vida política.
Fonte bibliográfica: A Segunda Guerra Mundial – Codex 1965/1966
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