Pantera Negra e o porque dele ser tão importante.
FAAAAAAAAAAAAAALAA PESSOOOOOAS! Olha só quem voltou da geladeira! Shaq por aqui para falar do maior hype do mainstream de 2018, pelo menos pour moi. Sem mais mistério, até por que vocês já viram aí no título, a resenha de hoje é do mais novo debut da Marvel, Pantera Negra.
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Pra começar, queria dizer que nunca acompanhei o herói, apesar de saber da sua importância e também considerá-lo muito por questões representatividade e etc, porém quando o filme foi anunciado e cada material que ia saindo me deixou mais animado, inclusive, ultimamente o cinema tem me deixado mais animado, para acompanhar produções fora do eixo e que abordam histórias contadas pelas perspectivas das minorias, lançamentos de filmes como Get Out! (Corra!), Moonlight (Sob a Luz do Luar) e Fences (Um Limite Entre Nós), tem me feito ir mais ao cinema do que nos últimos anos, o ponto alto foi a aparição do T’Challa (Chadwick Boseman) em Capitão América: Guerra Civil. Os trejeitos do personagem, a construção, tudo indicou que o Pantera Negra tinha tudo pra não me decepcionar.
(Corra, Moonlight e Fences – filmes com protagonistas negros que atraíram atenção da crítica no cinema em 2017)
Apesar de já ter batido na tecla de filmes de super-herói estão usando e abusando de clichês e com formula pronta para agradar o grande público, um ou outro consegue se destacar na multidão, o Pantera nesse caso se enquadra, ao contar a história de origem de um herói, não só utilizando um EXCELENTE (foco no excelente não é sempre que a Marvel consegue) “vilão”, uma civilização tecnológica capaz de andar com a história do universo de todos os outros filmes, tudo isso utilizando um pano de fundo atual de políticas econômicas/migratórias e de ajuda humanitária, com dois personagens num espectro cinza (não existe mal/bem), com pensamentos tão disparos, que dão a volta e possuem o mesmo objetivo, porém por caminhos tão opostos quanto às origens, (não sei se perceberam mas é o mundo como estamos hoje).
Falando mais diretamente sobre o filme, o diretor Ryan Coogler (Creed, Fruitvale Station) tentou nos mostrar além de uma história com cenário atual como já falei mais acima, uma Wakanda viva, que intercala entre tradições e tecnologias, apesar de não ter feito muitos takes na “rua”, como os utilizados no cenário da Coréia do Sul ou em Londres, ainda assim é possível perceber essa intenção, que me lembrou muito o Japão. No geral as cenas de ação são muito boas e coreografadas, a trama é boa e prende muito bem e o cast é o melhor possível, destaque para Lupita Nyong’o, Chadwick Boseman, Daniel Kaluuya (aparece pouco, porém tem uma interpretação excelente) e Michael B. Jordan, que a partir de hoje só deve ser reconhecido como Erik Killmonger, aliás, como eu já havia dito, QUE VILÃO! Possui uma motivação tão boa que há momentos em que eu torci contra T’Challa, por concordar com a visão de Killmonger.
No geral, o conjunto o da obra é bom, roteiro sem furos, a trilha sonora é sensacional e merece um artigo só pra ela, tem uma historia interessante e argumentos coerentes que te prendem no universo, o filme faz o seu papel e eu o considero extremamente importante por todas as questões de representatividade que traz com um cast 80% composto de negros e um roteiro com mulheres fortes e não objetificadas sexualmente (bjs Mulher-Maravilha), Pantera Negra tem tudo para levantar um pouco mais a barra de qualidade para o que consideramos aceitável nos filmes de super-herói, acho que é isso, se não vou me estender por mais 700 parágrafos aqui falando de tudo que o filme tem a oferecer, e fica complicado sem spoilers. rs.
É isso mes ami, nesse filme só faltou Morgan Freeman, Denzel Washington, Wesley Snipes e Samuel L Jackson, mas isso é papo pra um Pantera Negra 2, por enquanto esse aqui fica com 4 Motherfucker (só porque é o Nick Fury, se não levava 5).