Porque algumas séries tem que acabar?

Você pode ter lido essa pergunta com duas entonações diferentes, claro que isso depende do que você tem assistido nas últimas semanas. Por exemplo, se você está assistindo uma série que tem ido de mal a pior, como é o caso de Orange is The New Black, o seu único pensamento é o de explicar por que essa promessa da mamãe Netflix já passou do prazo de validade. MAS Se você tem assistido uma série incrível que chegou ao seu doloroso fim, como foi com CSI pra mim (sim, CSI, é a vida), então você só se pergunta continuamente  porque encerrar uma obra de arte como essas, enquanto fica sentado no chão do seu quarto vivendo uma interminável crise existencial. 

 

Mas independente da situação, a questão é:

Quem e o que definem quando e como uma série deve acabar? 

 

Falando especificamente sobre Orange is The New Black, no seu lançamento em 2013, eu a vi como um marco para a época, uma série que mostrava a realidade dura de mulheres que apesar de criminosas, muitas vezes, só queriam defender suas famílias. Uma série com representatividade mas com diversos dilemas como abuso do poder carcerário, drogas e conflito de etnias. Particularmente, o que me prendia prende é o tom e a forma dinâmica em que a série é conduzida, o modo de apresentar as personagens usando flashbacks ao longo de todo o episódio deixa a história mais interessante e desperta uma curiosidade de ver o fim daquela história. Orange is The New Black tem a fórmula secreta para humanizar e gerar uma empatia entre você e as “criminosas”.

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Um outro exemplo prático, é La Casa de Papel. Outra série, mesma fórmula: gerar empatia com criminosos a ponto de você torcer para que os vilões saiam dessa situação vencendo. O segredo é: como fazer com que o espectador se sinta tão ligado a uma série, a ponto de se colocar no lugar do protagonista? Quem não gostaria de ser o Professor? Carismático, inteligente, calculista e, mesmo assim, no final mostra ter um coração. 

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Será que tudo isso, é sobre não saber a hora de parar? Eu consigo entender o drama de não se desprender de um universo tão confortável, por mim, não existe problema em seis temporadas de uma série, MAS precisa sim ter uma história embasada e interessante para sustentar esses anos e anos de trabalho. Orange is The New Black poderia contar histórias de presidiárias por muitas temporadas, mas o que perdeu a graça foi o que estava rolando no tempo presente, os dramas de dentro da penitenciária ficaram cada vez mais fora da realidade e impossíveis de se imaginar.

Diferente de OITNB, em La Casa de Papel vemos uma história que chegou ao seu fim, a segunda temporada mostra uma conclusão e não deixou ganchos para uma possível terceira temporada. Sendo assim, PORQUE CONTINUAR? A série espanhola conquistou demais o público, e virou uma febre de macacões vermelhos e máscaras de Salvador Dalí. Na edição da CCXP 2018, a fila para entrar na réplica da casa da moeda levava horas! Eu não tive coragem. Será que tamanho sucesso é  o suficiente para criar uma terceira temporada do nada? Principalmente considerando que apesar de personagens icônicos e fantásticos, também temos personagens chatos demais da conta sorry Tóquio e pelas fotos promocionais, dada a quantidade de pessoas, a inclusão de mais uma série de personagens. 

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A única coisa que é certa, é que cada nova temporada é uma chance de criar ou fechar uma história. Minhas expectativas? Baixas. Afinal como a Spencer de Pretty Little Liars diz: “Você sabe o que eles dizem sobre a esperança, gera miséria eterna”, então seguimos esperando como a equipe de criminosos de macacão vermelho vai resgatar o Rio e também como será a vida das detentas e ex-detentas de Litchfield! 

E você está ansioso? La Casa de Papel volta dia 19 e Orange is the New Black em 26 de Julho! E não esquece que em breve saem aqui no Coluna Geek o meu review dessas duas promessas da Netflix!

Gabs

Fun facts: 1. Gosto de estar atualizada nas minhas séries mas também deixo várias pra assistir depois que todo mundo já viu. 2. Team Marvel, porém realista: Batman do Christian Bale melhor herói. 3. Minha citação favorita é "O que nós somos nunca muda, mas quem nós somos, nunca para de mudar" (Gil Grissom, CSI) 4. Acredito que as séries que você assiste definem quem você é. 5. Amo aprender e tentar coisas novas. 6. Estou sempre falando mas nunca tinha tentado escrever o que penso, então, porque não tentar? chegou a hora! :)