Marvel e sua Mensagem sobre o Empoderamento Feminino

Minhas querida Geeks.

Na semana das mães, nada mais justo do que falar de mulheres, esse é o mínimo que podemos fazer para nossas ouvintes e leitoras. O valor da mulher na vida de qualquer pessoa é maior do que um cifrão e, infelizmente, o mesmo cifrão é colocado como segundo plano quando tratamos do mercado de trabalho. Porém elogios e parabenizações não são poupados quando elas vestem o uniforme de heroína e salvam o mundo.

Vamos pôr como exemplo, a Viúva Negra. Que Natasha Romanov (Scarlett Johansson) foi uma personagem sexualizada em sua primeira aparição nas telonas (Homem de Ferro 2), isso é FATO, mas já apresentava sinais de que poderíamos ter, enfim, uma mulher que resolve não apenas seus próprios problemas, mas os dos outros também, sem perder sua sensualidade. Para saber mais sobre essa integrante fundamental dos Vingadores, leia o incrível artigo que nosso colunista Ederson fez sobre ela clicando aqui.

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Armas de fogo, artes marciais ou ferrão de choque. Nada pode ser mais letal que um spray de pimenta.

As personagens femininas apresentadas até então, dentro do MCU, eram Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) e Betty Ross (Liv Tyler), e possuíam o típico papel de dama indefesa em apuros. Mas a Marvel ainda estava no seu primeiro ano de construção e tinha tempo para mostrar o valor que pretendia dar às mulheres.

Aqui, temos que apresentar alguns termos, para que se entenda o texto até o fim.

 


SENSUALISMO – Qualidade de ser sensual ou de produzir sensações. Desregrado aos prazeres do sexo;

SEXUALISMO – Comportamento exagerado às tendências sexuais no modo de ser e agir.

SEXISMO – Discriminação unica e exclusivamente ao gênero ou opção sexual de um indivíduo, reduzindo-o assim, por ser quem é.


 

Desde de que “a roupa de couro e cabelo vermelho” começou a chutar algumas bundas, a personagem foi ganhando mais tempo de tela, papéis mais fundamentais às tramas e abrindo espaço para que outras mostrassem sua força, sem precisar usar uniformes justos e decotes chamativos.

 

As mulheres foram deixando de ser apenas coadjuvantes e foram tendo núcleos próprios dentro dos roteiros, até ter seus nomes em títulos de filmes e séries, no caso de Capitã Marvel e Agente Carter.

 

Quando pensamos em um herói da Marvel, logo vem na mente a mulher que o ajuda, o aconselha, o protege e o salva. Entretanto, a minha interpretação é que a Marvel está dizendo às novas princesinhas desta última década: “Chega de esperar seu príncipe encantado vir te salvar, arregace as mangas e faça o que têm de ser feito”.

 

Atualmente, os filmes têm apresentado sua manifestação de maneira bem visível. Em Capitã Marvel, no último confronto com o vilão, é dito para a Heroína “…Desligue o show de fogos e prove pra mim que pode vencer…”, isso um pouco antes de ser atingido pelo raio de força no peito. A mensagem deixada pela personagem de Brie Larson é “Eu não tenho que te provar nada”. Essa cena nos ensina que a mulher não precisa ser posta de igual pra igual para provar que pode ser superior, ela têm suas diferenças e vantagens, e não estou falando da habilidade de andar de salto alto sem perder a compostura.

 

Outra prova do valor das mulheres é em Vingadores Ultimato. No momento que o Homem Aranha (Tom Holland) fica em apuros e sem salvação, aparecem (tá preparado?) Resgate, Valkiria, Capitã Marvel, Feiticeira Escarlate, Okoye, Shuri, Mantis, Vespa e Gamora para defende-lo e cumprir a missão… e se eu esqueci de alguma, não foi por maldade.

 

A mulher consegue fazer tudo o que o homem faz, sem deixar sua sensualidade e feminilidade de lado, a Marvel mostra que já não é possível fazer filmes de heróis sem suas heroínas, mas como nem tudo é um mar de rosas, o “valor” é dado apenas de forma simbólica por parte da Produtora, pois o valor monetário ainda é bem baixo, A própria Scarlett é a atriz mais bem paga entre as mulheres e não deve ter recebido mais do que 20 milhões na soma de suas nove participações, menos do que qualquer outro ator do elenco principal no último filme. Isso que em Soldado Invernal (2014), a personagem russa têm o mesmo tempo de tela que o Capitão e quase a mesma quantidade de falas.

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Ainda queremos saber o que aconteceu em Budapeste, talvez no seu filme solo, quem sabe.

 

Vem à mente então, que tudo isso nada mais é do que um tapinha nas costas, e que o verdadeiro valor da Mulher no cinema ainda é desvalorizado como em qualquer outra profissão, chegando a até 50% menos do que o mesmo cargo ocupado por um homem. Robert Downey Jr. e Chris Evans já não têm mais contrato de filme algum e assim, deixam espaço aberto para os dois maiores investimentos salariais desde 2012.

 

Marvel, cesse um pouco os elogios e frases de efeito sobre empoderamento feminino. A parte da mulher, ela quer (também) em dinheiro.

Rafael Peregrino

Musica, filmes e livros me definem. Violão, café, papel e caneta me descrevem. Me fale um assunto e sempre terei algo a dizer. Fazer as pessoas rirem é o motivo da minha alegria