Vingadores: Ultimato

FaAaaaaaAAAAaala Geeks! Ceis tão bonzin? Shaq de volta aqui tal qual a temporada de Game of Thrones, depois de um ano sabático pensando e me informando, tocando outros projetos, estou de volta, queria que meu texto de retorno fosse sobre a série das tretas de gelo e fogo tal qual meu ultimo por aqui, porém tudo na vida são prioridades e recentemente tivemos o que ouso dizer ser o MAIOR acontecimento do cinema neste pálido planeta azul que chamamos de lar, o fechamento de 22 fucking filmes que duraram 10 motherfucking anos… E um acontecimento desses mes amis, não pode passar despercebido, portanto vamos às notas:

Bom, antes de começar, recomendo que vocês assistam o filme, por que né… spoilers.. e também leiam a resenha anterior do Vingadores: Guerra Infinita, o Jon fez um trabalho bem foda por lá.. pode ir.. to esperando, juro que eu não saio daqui.

 

 

Agora que você já passou pelo véu do conhecimento, me acompanhe nessa jornada de fechamento de uma das maiores empreitadas do cinema, e como disse na introdução ali em cima, provavelmente A maior, pelo menos em duração com 182 minutos de duração e encerrando todas as pontas soltas e nos entregando tudo que era esperado nesses longos 10 anos de MCU.

Como eu gosto de iniciar, vamos pelo contexto, apesar de toda a expectativa, não estava com nenhuma perspectiva de ver o filme na primeira semana, e já tinha me preparado psicologicamente e tecnologicamente, pra me fechar do mundo social, com filtros anti-spoiler e tudo mais, pra não estragar a minha experiencia, provavelmente depois da segunda semana de lançamento, entretanto, tudo mudou pois a rede de cinemas PAGANOIZ, adicionou sessões extra durante a tarde e num golpe do destino, estava eu, desocupado, mexendo no app de ingressos de cinema no instante em que a sala se abriu, magicamente, possibilitando minha ida à este maravilhoso espetáculo no 2º dia de exibição, nem fiquei feliz, imagina.

A partir dai, minhas impressões do filme foram baseadas na expectativa de termos uma estrutura parecida com seu antecessor, que começasse já com tapa na cara e confusão, carro voando e já tentando corrigir toda aquela cagada proporcionada pelo Titã Louco em Guerra Infinita, separada em três arcos bem distintos e com aquele aspecto de V, com um inicio bem agitado seguido de uma “derrota” ou uma confusão entre a equipe, servindo de escada para um triunfo final e fechamento do filme, com um breve explicação final e preparação para uma próxima fase, afinal, temos novos contratos na empresa do rato mais popular do mundo, mas, essa expectativa foi rachada e desprezada, assim que me sentei na poltrona, acompanhando um início bem “calmo”, onde acompanhamos o Arqueiro, testemunhando os desdobramentos d’O Estalo.

Caminhando um pouco mais temos a interação de Stark e Nebula, e todo aquele drama de perigo de morte, por estar solto no espaço, engraçado que essa cena enganou todo mundo, pelo menos no primeiro trailer, gerando as especulações que o Homem de Ferro morreria ali mesmo, e no fim das contas a cena não passa de um introdução, Tony é resgatado pela Capitã Marvel e depois desse breve desenrolar temos o letreiro inicial e a história começa de fato.

O que me surpreendeu foi o sentido do roteiro rapidamente tomou, levando a uma reunião de mais uma formação dos Vingadores e em menos de 20 minutos de tela, Thanos morto e os heróis sem uma perspectiva de salvar os estalados (perspectiva inclusive que dá uma nova roupagem ao Thor, literalmente). Toda a construção de expectativa deixada pelos trailers foi rapidamente subvertida por um sentido de “e agora?” que levou à uma imersão bem maior no filme, pensando nas possibilidades de resolução vistas pelo Doutor no filme anterior, e o que caberia plausivelmente nas próximas 2 horas e 40 minutos de filme.

Com aquela típica passagem de tempo de novela de 5 anos, e a sociedade em um misto de luto e recuperação há o retorno (com um puta easter egg) do Scott Lang, que é o cerne da solução adotada, juntamente a genialidade de um transformado e agora pai, Tony Stark e o novo Hulk, agora meio Dr. Banner e meio Hulk, formando a trinca cientifica que trabalha para a “volta no tempo” que também era especulada antes da estréia pelo vazamento de fotos do set com o cast usando as roupas originais.

Porém em momento nenhum a volta no tempo foi especulada em ser um “heist movie”, ao meu ver foi uma ótima solução de roteiro, nos trazendo a nostalgia de revermos as melhores cenas de grandes filmes sob outra perspectiva (grande destaque pro Quill, dançando sozinho e cantando desafinado na abertura dos Guardiões vista por detrás das pedras), e as interações das versões do futuro dos heróis com o conhecimento do que todas aquelas tramas iriam findar-se.

No último ato, temos a conclusão final, o ápice, o retorno dos estalados por Thanos e a grande batalha final, apesar de beirar as 2 horas e meia de estoria, em momento nenhum o filme parece arrastado quando deve se explicar ou corrido com algum assunto menos relevante, o fio que que liga o fim do segundo ato com a preparação para a batalha e o retorno do Titã como o grande vilão final, revela que apesar de tudo que já aconteceu e de ter atingido seu objetivo, a construção de personagem feita durante 10 anos de preparação nos traz um Thanos obstinado e com um objetivo muito claro: “O Inevitável”, à sua visão, incansável até o ultimo minuto. As diversas referencias na batalha final como o “on your left” do Falcão ao retornar no campo de batalha, o reencontro de um ainda novo e com todo um universo para se desenvolver Homem-Aranha com um cansado e conformado com o seu destino Homem de Ferro, uma possível formação de A-Force e muitas promessas para a próxima fase da MCU.

E como um belo final de novela, tivemos um fim heroico, um amoroso, um aventureiro e um sacrifício, clichês, MAS MUITO BEM FEITOS, sem pontas soltas, e que você só percebe que são clichês, depois de umas semaninhas pensando e digerindo tudo que aconteceu e talvez mais uma visita aos cinemas. A Disney/Marvel fez um trabalho muito foda dentre todos esses 22 filmes, com muitos acertos e poucos erros (Homem de Ferro 3), mas que costurados culminaram em tudo que vimos ser fechado por aqui, sem encerrar de fato como todos os outros filmes com uma cena pós crédito nos preparando para mais uma saga, mas com um filme todo contendo os acontecimentos pós Ultimato, a Fase 3 acabou, de uma maneira teatral e muito bem executada, e agora nos resta aguardar o que o Cabeça de Teia vai nos contar daqui pra frente.

Até a próxima.

Lucas Barbosa

nerd, rap addicted, acha que entende futebol americano e tenta ser podcaster.