Análise Black Mirror – #netflixpaganoiz

Fala geeks, hoje apresento para vocês minhas sinceras, e simples, opiniões sobre Black Mirror.

Um breve resumo (SEM SPOILER’S) da filosofia do seriado.

Utilizando elementos atuais e modernos, BM é uma visão utópica e distopica da nossa sociedade, um Twilight Zone para as atuais gerações. Com esses elementos, BM brinca com o nosso entendimento da realidade e nos faz duvidar e crer ao mesmo tempo, como nossa sociedade esta próxima ou igual à retratada na serie.

Quem de nós não se identifica com os personagens e situações apresentadas ali, mesmo que aquém da nossa realidade atual. Um cinismo exposto não apenas com o intuito de nos chocar, e sim para alterar nossa concepção social, moral e filosófica e nos jogar na lama, no desespero e na degradação retratada no episodio.

Eu particularmente me senti perturbado com o final de cada episodio, senti um gosto amargo na boca, um desconforto, por um momento, um breve segundo talvez, eu não estava mais na minha casa assistindo a serie, estava em White Bear, eu era a Skillane, sentia a dor e a angustia dela, da sua identidade desconhecida ate o entendimento da sua situação. Eu era o Ministro Callow, com o medo e a necessidade de agir por um bem maior, mesmo que essa ação reflita no tempo-espaço eterno da minha existência. Eu era a Martha, vivendo a dor da partida abrupta e crua da vida, sem rumo e sem foco, me apegando a uma farsa, uma emulação falsa e sem propósito, uma vida sem vida. Eu era a serie.

Fazer essa interação pessoal e intima com o espectador é o ponto de virada de BM, que mancha o publico, o pega e o vira do avesso, o faz refletir de dentro pra fora. Faz-nos indagar quão próximos estamos a cada dia daquela realidade que achamos tão distante, e acabamos não vendo que ela esta tão próxima.

Como interagir e agir diante da razão, moral e incapacidade? Ter hoje em dia uma serie com tantas camadas a serem rompidas e superadas, tantas reflexões puras e genuínas é realmente louvável, acompanhar essa ode a sociedade ira fazer com que cada um, individualmente, tenha um visão única de cada episodio e levar consigo por muito tempo na memória.

As sinopses dos novos episódios apresentados hoje pela Netflix já nos dão um vislumbre que a serie ira se manter consistente a sua premissa, com a mesma critica apresentada pelas temporadas anteriores, com um texto complexo, porem entendível, mantendo-se futurista sem ser irreal.

O roteiro toca a ferida das redes sociais, do bullying, dos medos atuais e dos futuros, satiriza e ao mesmo tempo mostra o quanto esses nos afetam, fala sobre o amor da uma geração, do medo da outra, sobre como estamos sempre juntos, porem não próximos, da guerra contra os nossos “nós” do futuro, isso é filosofia pura em áudio e visual, a um clique de distancia.

Ansioso eu espero pela estreia, para poder voltar a sentir todas as emoções e complexidades de cada episodio de BM e com certeza, em um futuro não muito distante, estar em um próprio Espelho Negro, refletindo o novo EU.

 

NOTA DO SHAQ: o texto é do Scott que estreou aqui no site, mas ainda está em processo de contratação  sem usuário pra postar..

Lucas Barbosa

nerd, rap addicted, acha que entende futebol americano e tenta ser podcaster.